Como denunciado pelos movimentos sociais, a aliança entre o governador Ratinho Jr. e o ex-presidente Bolsonaro traria consequências graves para a população paranaense, principalmente para as que moram nas periferias. Um desses dados veio à tona recentemente. Segundo a Pastoral da Criança, a taxa de crianças desnutridas no Paraná atingiu números alarmantes.
Enquanto a propaganda do governo Ratinho Jr. diz que o Paraná é “o Brasil que dá certo”, de acordo com levantamento da Pastoral da Criança, quase 5% das crianças monitoradas no estado estão desnutridas ou com desnutrição grave. Somado a isso, quase 10% das crianças acompanhadas estão mais baixas do que o esperado para a idade.
“A gente voltou a ver crianças morrendo por consequência da fome”, disse o presidente da Pastoral Criança, Nelson Arns, à reportagem do telejornal Boa Noite Paraná, que exibiu as informações na última sexta-feira (10).
Para a deputada federal Carol Dartora (PT-PR), infelizmente essa realidade é resultado do projeto político que chegou ao poder após o golpe contra a presidenta Dilma Rousseff. “Temer e depois Bolsonaro implantaram uma série de medidas que condenaram o povo a passar fome, massacrando principalmente a população negra, as mulheres, as crianças e os jovens.”
A parlamentar cita como exemplo a PEC do teto dos gastos, aprovada em 2016, que congelou os investimentos nas áreas sociais por 20 anos, e o desmonte de diversas políticas sociais, como as que garantiam segurança alimentar para a população. “Não podemos deixar de lembrar que o governador Ratinho Jr. apoiou esse governo e, inclusive, reproduziu muitas de suas práticas em nosso estado”, comentou a deputada.
Governo Lula
Segundo a congressista, a derrota de Bolsonaro nas urnas e a posse do presidente Lula vão mudar a realidade das crianças paranaenses. “Em poucos dias de governo, o presidente Lula recriou o Conselho Nacional de Segurança Alimentar, implantou o novo Bolsa Família, retomou o movimento pela vacinação, aumentou o salário mínimo e ainda autorizou a retomada das obras de construção de creches e escolas que estavam abandonadas”, destacou.