Em 2022, o Brasil bateu recorde de feminicídios, segundo levantamento do Monitor da Violência do G1. Uma análise dos dados realizada pelo mandato da deputada federal Carol Dartora (PT-PR) revelou que os estados líderes neste ranking são justamente aqueles em que Bolsonaro obteve mais votos do que o presidente Lula, no segundo turno da última eleição.
De acordo com a pesquisa, uma mulher foi morta a cada seis horas no país. Foram 1,4 mil feminicídios, um aumento de 5% em relação ao ano anterior e o maior número já registrado desde 2015.
Para a deputada federal Carol Dartora, não há dúvida sobre a relação entre o aumento da violência contra as mulheres e a ascensão de ideias dos grupos que apoiaram o governo do ex-presidente, como o aumento do número de armas em circulação no país e a manutenção da desigualdade de gênero.
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Mato Grosso do Sul (3,5), Rondônia (3,1), Mato Grosso (2,7) e Acre (2,5), todos estados em que o ex-presidente foi mais votado, registraram as piores taxas do país. Na quinta posição no ranking aparece Tocantins (1,9). Nesta unidade da federação, onde Lula derrotou seu oponente, o índice é inferior a 2.
Enquanto a maior taxa de feminicídio é encontrada em Mato Grosso do Sul, onde Bolsonaro foi mais votado, a menor é no Ceará, onde o presidente Lula venceu. Lá, o índice de feminicídio é de 0,6, seis vezes menor que no reduto bolsonarista.
Confira abaixo a taxa de feminicídio por estado.
- Mato Grosso do Sul: 3,5
- Rondônia: 3,1
- Mato Grosso: 2,7
- Acre: 2,5
- Tocantins: 1,9
- Rio Grande do Sul: 1,8
- Alagoas: 1,8
- Maranhão: 1,8
- Amapá: 1,8
- Sergipe: 1,6
- Minas Gerais: 1,6
- Espírito Santo: 1,5
- Pernambuco: 1,5
- Goiás: 1,5
- Santa Catarina: 1,5
- Bahia: 1,4
- Piauí: 1,4
- Paraná: 1,3
- Brasil: 1,3
- Pará: 1,2
- Paraíba: 1,2
- Distrito Federal: 1,2
- Roraima: 1
- Amazonas: 1
- Rio Grande do Norte: 0,9
- Rio de Janeiro: 0,9
- São Paulo: 0,8
- Ceará: 0,6