Da Assessoria
A deputada federal Carol Dartora (PT-PR) declara apoio à luta pela descriminalização da cannabis no Brasil. Para ela, a criminalização da planta tem origem e ainda hoje serve como instrumento de encarceramento em massa da população negra e periférica.
Em apoio à causa, o mandato da deputada estará presente na 18ª edição da Marcha da Maconha em Curitiba, que ocorre neste domingo (14), a partir das 14h20, com concentração na Boca Maldita (Rua XV de Novembro, próximo à Praça Osório). A última edição reuniu mais 10 mil pessoas, consolidando-se como a terceira maior do país.
“Diversos estudos científicos já comprovam os benefícios terapêuticos da maconha no tratamento de doenças como Alzheimer. Mas a proibição da planta não é sobre saúde, é sobre o controle social e racismo estrutural. É a juventude negra que continua sendo presa, violentada e morta em razão dessa política ultrapassada e seletiva”, enfatiza a Dartora.
Desenvolvimento econômico e soberania nacional
Além dos benefícios à saúde, a deputada ressalta o potencial econômico da regulamentação da cannabis. Segundo relatório divulgado na última quinta-feira (11) pela Embrapa e pelo Instituto Ficus, órgão vinculado ao Governo Federal, a cadeia produtiva do cânhamo industrial pode gerar R$ 5,76 bilhões em receitas líquidas até 2030. A regulamentação também deve criar mais de 14 mil empregos, reduzir a dependência de importações e abrir caminhos para exportações brasileiras.
O relatório “Caminhos Regulatórios para o Cânhamo no Brasil”, desenvolvido com apoio do Conselho de Desenvolvimento Econômico Sustentável da Presidência da República (CDESS), aponta ainda que o mercado global da cannabis movimentou entre US 5 e 7 bilhões em 2023, com crescimento anual estimado entre 16% e 25% até 2033.
Contexto histórico da Marcha
Um ano após a decisão do Supremo Tribunal Federal de descriminalizar o porte de maconha para uso pessoal, o cultivo da planta segue proibido no Brasil, o que mantém o impasse legal e limita o acesso de pacientes à planta para fins medicinais.
Com 18 anos de história em Curitiba, a Marcha da Maconha reúne uma ampla diversidade de coletivos, associações e ativistas, incluindo mães e familiares de pacientes que dependem da cannabis para tratamento de saúde. O evento também celebra os avanços internacionais, onde cresce a regulamentação da maconha para fins medicinais, industriais e recreativos adultos.
SERVIÇO
Marcha da Maconha Curitiba – 2025
Data: Domingo, 14 de setembro
Concentração: 14h20 | Saída: 16h20
Local: Boca Maldita (Rua XV de Novembro, próximo à Praça Osório)