Carol Dartora homenageia Marielle Franco em sessão solene e reafirma luta contra a violência política

Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados

Em uma sessão solene marcada por emoção e compromisso com a justiça, a deputada federal Carol Dartora (PT-PR) prestou homenagem a Marielle Franco e reafirmou a luta contra a violência política que atinge especialmente mulheres negras que ocupam espaços de poder.

“É sempre muito emocionante rememorar a história da Marielle. São sete anos desse crime que evidenciou a violência imposta àqueles e àquelas que estão na base da pirâmide social, que vivem em territórios de conflito e ousam denunciar as injustiças e lutar por mudanças estruturais”, destacou Dartora.

A parlamentar também refletiu sobre sua própria trajetória como mulher negra no parlamento e a exposição à violência política, reforçando a necessidade de resistência: “Isso mexe muito com a gente, mas é preciso continuar. Marielle não foi silenciada, sua luta floresceu em cada mulher negra que ocupa espaços de poder e em cada jovem periférico que reivindica dignidade”.

Durante o discurso, Carol Dartora lembrou que Marielle Franco denunciava a violência do Estado, a desigualdade e a ausência de políticas públicas para a população negra, para as mulheres e para a comunidade LGBTQIA+. “Sua história escancara um projeto de exclusão contra quem ousa ocupar espaços historicamente negados. Mas reafirmamos que não nos calarão. Seguimos por Marielle, pelas mulheres negras, pela juventude e pelas periferias que lutam por direitos”, declarou.

A sessão solene, que ocorreu nesta quarta-feira (12), reforçou a memória de Marielle como símbolo de resistência e transformação social, com a parlamentar encerrando sua fala com palavras que ecoaram no plenário: “Marielle presente”.

Sobre o caso Marielle Franco e Anderson Gomes

A vereadora do Rio de Janeiro e seu motorista, Anderson Gomes, foram brutalmente assassinados em 14 de março de 2018, em um crime que chocou o Brasil e o mundo. Após anos de investigações, os ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz foram condenados pelo crime em 31 de outubro de 2024. No entanto, os mandantes do assassinato seguem sob investigação. Em março de 2024, o ex-deputado federal Chiquinho Brazão, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) Domingos Brazão e o ex-chefe da Polícia Civil do Rio Rivaldo Barbosa foram presos sob suspeita de envolvimento no planejamento do crime.

Atualmente, o caso está sob análise do Supremo Tribunal Federal (STF), e o ministro Alexandre de Moraes é o relator do processo. A decisão de levar o caso à Suprema Corte reforça a complexidade das investigações e a necessidade de uma apuração rigorosa para que os verdadeiros mandantes sejam responsabilizados.

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