Deputada defende justiça climática e racial e assina carta pela inclusão dos parlamentos na governança global do clima
Da Assessoria
A deputada federal Carol Dartora (PT-PR) representou o Parlamento brasileiro na abertura da Cúpula Parlamentar do Rio – Investimento Verde, realizada nesta segunda-feira (3), no Rio de Janeiro. O encontro reuniu parlamentares de diversos países, especialistas, gestores públicos e organizações da sociedade civil para discutir o papel dos legislativos na transição ecológica global.
Crise climática e justiça social
Em seu discurso de abertura, Carol Dartora ressaltou que a crise climática já afeta diretamente as populações mais vulneráveis, especialmente povos negros, indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais.
A deputada defendeu que a transição para uma economia verde deve ser acompanhada de justiça climática e racial, garantindo que os investimentos verdes também promovam equidade social.
“Investir em energia limpa, reflorestamento, mobilidade sustentável e saneamento não é custo, é garantia de emprego, renda e dignidade. Cada investimento verde precisa ser uma semente de futuro sustentável, antirracista e democrático”, afirmou a parlamentar.
Economia verde e oportunidades para o Brasil
Carol Dartora apresentou dados que apontam que a transição ecológica pode impulsionar o desenvolvimento com inclusão social no Brasil.
“O país tem potencial para criar até 1 milhão de empregos verdes por ano até 2050, segundo estudos recentes. Hoje, já existem 6,8 milhões de empregos verdes no Brasil, sendo 2 milhões ocupados por jovens entre 14 e 29 anos. Esses dados evidenciam que o Brasil tem capacidade de liderar esse processo de transição”, destacou a deputada paranaense.
Ela alertou, porém, que o crescimento do setor só será justo se os recursos e investimentos chegarem também às periferias urbanas, áreas rurais, quilombos e comunidades indígenas, e não apenas a grandes empreendimentos concentrados em regiões mais ricas.
Carta dos Parlamentares à Presidência da COP30
A parlamentar também assinou a Carta dos Parlamentares à Presidência da COP30, documento que reivindica o reconhecimento dos parlamentos na governança climática global.
O texto pede a institucionalização da participação dos parlamentos nacionais e regionais nas conferências do clima, fortalecendo o diálogo entre os poderes legislativos e os órgãos executivos e técnicos da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC).
“É essencial que o Parlamento tenha participação permanente e institucionalizada nas negociações climáticas, para garantir transparência, controle social e cumprimento efetivo dos compromissos ambientais”, defendeu Dartora.
Revista “Quilombos: Racismo Ambiental no Paraná”
Durante a sua fala, a deputada apresentou a revista “Quilombos: Racismo Ambiental no Paraná”, publicação produzida por seu mandato em parceria com o INCRA e a Universidade Federal do Paraná (UFPR).
A revista denuncia casos de poluição, escassez de água, destruição de nascentes e avanço do agronegócio e da mineração sobre territórios quilombolas, além de destacar que onde há quilombos, há preservação ambiental, biodiversidade e saberes ancestrais.
“Essa publicação é um ato de memória, denúncia e resistência. Justiça climática e justiça racial precisam caminhar juntas”, afirmou a deputada.
Compromisso internacional
Encerrando sua participação, Carol Dartora reafirmou o compromisso do Parlamento brasileiro com a agenda ambiental global e defendeu que o Brasil assuma protagonismo nas negociações internacionais, com equidade racial, participação popular e defesa dos povos tradicionais no centro das decisões.
“Saímos desta Cúpula com a missão de transformar orçamento, leis e políticas públicas em ações concretas para proteger vidas, florestas e direitos”, finalizou.
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