O presidente Lula anuncia hoje (16) um reajuste que varia entre 25% e 200% nas bolsas de graduação, pós-graduação, de iniciação científica e na Bolsa Permanência em todo o país. O benefício, que ficou sem qualquer atualização durante os governos golpistas dos ex-presidentes Temer e Bolsonaro, passará a vigorar com os novos valores a partir de março de 2023.
A deputada federal Carol Dartora (PT-PR) avalia que as medidas representam uma vitória do povo brasileiro e mais uma derrota do projeto fascista que o bolsonarismo tentou implantar no Brasil. “Diferente dos governos golpistas que tivemos nos últimos anos, o presidente Lula tem compromisso com a ciência, a tecnologia e a inovação porque ele sabe que a educação é fundamental para o desenvolvimento do nosso país”, comemorou.
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Em cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília, o presidente da República também oficializa o aumento no número de bolsas concedidas. No caso do mestrado, por exemplo, em 2015 havia 58,6 mil bolsas, número que caiu para 48,7 mil em 2022, redução de quase 17%. Agora, a estimativa é de que sejam ofertadas 53,6 mil. Confira abaixo os novos valores:
- Mestrado: de R$ 1.500 para R$ 2.100 (alta de 40%)
- Doutorado: de R$ 2.200 para R$ 3.100 (alta de 40%)
- Pós-Doutorado: R$ 4.100 para R$ 5.200 (alta de 25%)
Os alunos de iniciação científica no ensino médio também vão se beneficiar. Serão 53 mil bolsas para estimular jovens estudantes a se dedicarem à pesquisa e à produção de ciência. Veja os novos valores:
- Iniciação científica no ensino médio: de R$ 100 para R$ 300 (alta de 200%)
- Iniciação científica na graduação no ensino superior: de R$ 400 para R$ 700 (alta de 75%)
Em 2023, também haverá 125,7 mil bolsas para formação de professores da educação básica, cujo objetivo é preparar melhor os professores, peça central na elevação da qualidade do ensino básico. Veja como vão ficar os novos valores:
- Formação de professores da educação básica: atualmente, os valores variam de R$ 400 a R$ 1.500 e terão reajuste entre 40% e 75%.
A Bolsa Permanência, por sua vez, terá o primeiro reajuste desde que foi criada, em 2013. O auxílio financeiro é voltado a estudantes quilombolas, indígenas, integrantes do Prouni e estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica matriculados em instituições federais de ensino superior.
- Bolsa Permanência: atualmente, os valores vão de R$ 400 a R$ 900 e terão aumento de 55% a 75%.
Investimento de R$ 2,38 bi
Segundo o governo, os reajustes das bolsas implicam aporte de R$ 2,38 bilhões em recursos do Ministério da Educação e do Ministério da Ciência e Tecnologia. Investimentos que vão suprir instituições como a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).