O presidente Lula (PT) confirmou hoje (16) mais duas notícias extraordinárias para a classe trabalhadora. A primeira é o reajuste do salário mínimo, dos atuais R$ 1.302 para R$ 1.320, a partir de maio. E a segunda é a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda. As declarações foram feitas em entrevista ao canal de notícias CNN.
“Já combinamos com movimentos sindicais, com Ministério do Trabalho, com o ministro Haddad, que vamos, em maio, reajustar para R$ 1.320 o valor do salário mínimo, e estabelecer nova regra para o piso, levando em conta, além da reposição da inflação, o crescimento do PIB, porque é a forma mais justa de distribuir o crescimento da economia”, disse Lula.
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A decisão anunciada por Lula representa 2,81% de ganho real e a retomada da política de valorização do salário mínimo. O instrumento, implantado pelos governos petistas, foi interrompido pelo governo Bolsonaro, que preferiu beneficiar os mais ricos às custas da retirada de direitos da classe trabalhadora.
Isenção do IR
Durante a entrevista no Palácio do Planalto para a jornalista Daniela Lima, o presidente também anunciou que vai aumentar a faixa de isenção do Imposto de Renda para R$ 2.640, ou seja, o equivalente a dois salários mínimos.
“Vamos começar a isentar em R$ 2.640 até chegar em R$ 5 mil de isenção. Tem que chegar, porque foi compromisso meu e vou fazer”, disse o presidente.
Atualmente, a faixa de isenção do IR considera a remuneração de até R$ 1.903,98 mensais. A falta de atualização dos valores é outra bomba deixada por Bolsonaro no bolso do trabalhador. A última correção da tabela havia sido feita em 2015, no governo da presidenta Dilma Rousseff.
Segundo a Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Unafisco) a defasagem na tabela do IR durante o governo de Jair Bolsonaro, calculada até junho de 2022, chegou a 31,3%.
