Representando a Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados, a deputada federal Carol Dartora (PT-PR) realizou, nesta sexta-feira (23), uma visita técnica no Colégio Estadual Helena Kolody, em Cambé (PR), onde ocorreu um atentado que resultou na morte de dois estudantes na última segunda-feira (19).
A atividade teve o objetivo de prestar solidariedade à comunidade escolar e coletar informações para compor um protocolo nacional de segurança nas escolas. Os trabalhos foram acompanhados por representantes da APP-Sindicato, do Ministério Público, da Defensoria Pública, do Núcleo Regional de Educação (NRE) e a direção da escola.
“Essa visita tem o intuito, acima de tudo, de prestar solidariedade, mas também de pensar em um protocolo que nos tire dessa situação. Sabemos que a escola é o lugar mais seguro que a gente tem e queremos que a escola continue sendo esse espaço de educação e segurança”, afirmou a parlamentar.
Na avaliação da deputada, o ataque registrado em Cambé e em outras escolas pelo país tem relação com o incentivo ao armamento e a falta de regulação do discurso de ódio nas redes sociais. “Isso precisa ser coibido, pois são temas interligados”, disse.
Carol Dartora verificou o plano de ação implementado para o acolhimento dos educadores, dos estudantes e seus familiares e estendeu a visita até uma unidade da APAE, que fica próxima do local e foi utilizada como refúgio por diversos alunos durante o ataque.
Para a parlamentar é necessário pensar também a segurança das escolas que atendem alunos especiais. Diante disso, Carol informou que vai solicitar ao NRE a extensão do protocolo para o atendimento da APAE.
“A visita foi muito boa. Conseguimos fazer uma escuta muito positiva e ver o quanto os trabalhadores da educação, o corpo pedagógico da escola, agiu da melhor forma, seguindo todos os protocolos que eles tinha disponível”, concluiu a deputada.
Violência
O caso aconteceu por volta das 9h de segunda-feira (19). Após entrar na escola para solicitar uma cópia do histórico escolar, um ex-aluno efetuou disparos com arma de fogo contra estudantes. Karoline Verri Alves, de 17 anos, foi alvejada e morreu no local. Luan Augusto, de 16 anos, também foi atingido. Ele foi socorrido em estado grave, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital.
O criminoso foi contido por um homem que trabalha em uma empresa próxima à escola e, em seguida, preso pela Polícia Militar. Dois dias depois, o jovem, de 21 anos, foi encontrado morto em uma cela da Casa de Custódia de Londrina.