Pela primeira vez na história do Paraná, uma mulher negra vai representar o estado no Congresso Nacional. Com mais de 130 mil votos obtidos na eleição deste domingo (2), a professora Carol Dartora (PT) está eleita para o cargo de deputada federal. Ela foi a segunda mais votada entre os candidatos da Federação Brasil da Esperança (PT, PC do B, PV). Atualmente ela é vereadora de Curitiba e também foi a primeira mulher negra eleita na história da capital paranaense, em 2020.
“Estou muito feliz com a nossa eleição. Essa vitória demonstra a indignação de milhares de paranaenses que não se sentem representadas e representados nos espaços de poder. Agora, a nossa luta continua para levar a todo o nosso estado e ao Brasil uma nova cultura política, construir um novo amanhã, porque o Paraná também é nosso”, comemorou Carol após receber o resultado das urnas.
Sobre seu futuro mandato como deputada federal, a petista afirma que as pautas das mulheres, população negra, educação pública, população LGBTQIA+, meio ambiente, juventude e demais grupos historicamente invisibilizados serão prioridades. “Vamos fazer um mandato popular para promover inclusão e combater as desigualdades e todas as formas de preconceito e discriminação”, comentou.
Trajetória
Carol Dartora é professora de História e vereadora de Curitiba. Em 2020, tornou-se a primeira mulher negra eleita na história da capital paranaense, tendo recebido 8.874 votos, a terceira candidata mais votada da cidade naquele pleito.
É militante da Marcha Mundial das Mulheres e do Movimento Negro Unificado e foi secretária estadual da Mulher Trabalhadora e dos Direitos LGBTQIA+ do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato).
Nasceu e foi criada em Curitiba. É graduada em História pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), especialista em Filosofia pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), mestra em Educação pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e doutoranda em Tecnologia e Sociedade pela Universidade Tecnológica Federal da Paraná (UTFPR).
Mesmo sendo oposição e minoria política no legislativo municipal, aprovou leis de grande impacto social, como a Lei 15.931/21, que estabelece cotas para população negra e povos indígenas nos concursos públicos municipais, e a Lei 15.973/22, que garante prioridade no atendimento de mulheres em situação de violência.