“O Brasil voltou a ter futuro. E isso é apenas o começo.” Foi assim, olhando para frente, que Lula encerrou o balanço que fez, ao lado da equipe de ministros, dos seus 100 primeiros dias de governo, completados nesta segunda-feira (10).
Os 100 primeiros dias, destacou Lula, serviram para que a atenção às pessoas e o crescimento econômico aliado à inclusão social voltassem a existir. O Brasil, lembrou, voltou a ser o país do Bolsa Família, do Minha Casa Minha Vida, do Mais Médicos, da merenda escolar farta e saudável.
Mas agora, depois de “reconstruir o que foi destruído”, é hora de “seguir adiante”, de investir em rodovias, ferrovias, portos, aeroportos, geração e transmissão de energia, conectividade, expansão do pré-sal, energia solar e eólica. Tudo, claro, sem esquecer de olhar para o povo.
“Não se constrói um país verdadeiramente desenvolvido sobre as ruínas da fome, dos ataques à democracia, do desrespeito aos direitos humanos e das desigualdades de renda, raça e gênero. Não se chega a lugar nenhum deixando para trás a metade mais sofrida da nossa população”, discursou o presidente (leia aqui a íntegra).
O novo arcabouço fiscal vai dar fim ao falido teto de gastos e trazer de volta o pobre ao orçamento. A reforma tributária vai tornar a cobrança de impostos mais simples e mais justa. O diálogo com governadores e prefeitos vai destravar obras paradas, gerando emprego e melhorando a infraestrutura do país.
“A transição energética será acelerada”, garantiu, citando pesquisas para novos combustíveis renováveis financiados pela Petrobrás. “O Brasil voltará a ser referência mundial em sustentabilidade e enfrentamento das mudanças climáticas. E cumprirá as metas de redução de emissão de carbono e desmatamento zero”, acrescentou.
“Cuidar das pessoas”
“Sempre tenho dito que governar é cuidar das pessoas”, prosseguiu Lula. Por isso, estão no horizonte próximo também investimentos em segurança, cultura, esporte, educação e saúde.
A população pode contar que haverá internet de alta velocidade em escolas e postos de saúde, melhoria das habitações em favelas, saneamento básico para todos os brasileiros e, claro, o fim da fome.
“Garantir que cada brasileira e cada brasileiro consiga fazer as três refeições do dia é minha obsessão. O Brasil sairá novamente do Mapa da Fome”, assegurou.
Outra preocupação é a de livrar a população mais pobre e a classe média das dívidas. “Com o Programa Desenrola, os consumidores poderão renegociar seus débitos e limpar seus nomes.”
“Cada ministra e cada ministro aqui presentes, juntamente com suas equipes, merecem todo o nosso reconhecimento, pelo tanto que foram capazes de entregar em tão pouco tempo. Mas a mensagem principal que deixo aqui é a seguinte: se preparem, pois temos de trabalhar muito mais”, avisou.
“Vamos fazer a diferença”
Antes de ler o discurso que preparou para a ocasião, o presidente ressaltou que as ações concretizadas até agora servem, principalmente, para mostrar que o país está no rumo certo. Ele elencou dados de investimento que evidenciam diferenças importantes entre o seu governo e o anterior.
Os valores empenhados em investimentos em rodovias, por exemplo, de janeiro a março deste ano, somam R$ 3,3 bilhões. No mesmo período de 2022, foram de apenas R$ 892 milhões, um aumento de 270%.
Algo semelhante ocorreu em várias outras áreas. Os investimentos em recursos hídricos saltaram de R$ 82 milhões para R$ 323 milhões x R$ 82 milhões (293% de aumento); em ciência e tecnologia, sem contar o aumento nas bolsas de pesquisa, foram de R$ 128 milhões para R$ 535 (317%); e na infraestrutura de saúde, de R$ 56 milhões para R$ 145 milhões (158%).
“É uma pequena demonstração de como nós vamos fazer a diferença neste país. Vamos fazer a diferença superando as dificuldades que se apresentarem para nós”, disse Lula aos ministros.
Democracia e planejamento
Antes do presidente, falaram o vice Geraldo Alckmin e o ministro da Casa Civil, Rui Costa. Alckmin ressaltou que, nos 100 primeiros dias, Lula se mostrou extremamente fiel ao que prometeu na campanha eleitoral e durante o governo de transição. A começar pela defesa intransigente da democracia.
“O senhor salvou a democracia de uma tentativa de golpe, e ela saiu fortalecida, depois de uma reação rápida de todos os poderes e do próprio governo”, lembrou o vice-presidente, elogiando o fato de o governo dar voz à sociedade civil. “Governo que ouve mais erra menos.”
Já Rui Costa celebrou o fato de o Brasil ter voltado a “ter governo, gestão pública, cuidado com as pessoas e planejamento”. “Estamos apenas começando os trabalhos. E o presidente Lula, com sua disposição, nos dá a certeza de muito mais entregaremos ao povo brasileiro nos próximos quatro anos”, disse.
PT Nacional