Carol Dartora leva experiência brasileira em cotas e educação antirracista à ONU

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A deputada federal Carol Dartora (PT-PR) participa, nesta quarta-feira (16), da quarta sessão do Fórum Permanente sobre Pessoas de Descendência Africana, promovido pela Organização das Nações Unidas (ONU). O evento ocorre em Nova York, entre os dias 14 e 17 de abril de 2025. Carol é uma das vozes do painel “Formulação de políticas e racismo sistêmico: uma abordagem baseada nos direitos humanos”, realizado na sede da ONU.

Reconhecida por sua trajetória na luta antirracista e na defesa da equidade racial, Carol Dartora leva à comunidade internacional a experiência brasileira na construção de políticas de ação afirmativa, com destaque para sua atuação como autora da Lei de Cotas no Serviço Público de Curitiba e relatora do novo Projeto de Lei de Cotas no Serviço Público Federal, aprovado pela Câmara dos Deputados em 2024 e, atualmente, em tramitação no Senado.

“Levar essa pauta à ONU é mostrar ao mundo que o Brasil tem parlamentares comprometidas com a superação das desigualdades raciais por meio de ações concretas, não apenas declarações. A política antirracista precisa sair do discurso e virar estrutura institucional de Estado”, afirma a deputada.

Educação antirracista

Durante sua fala, Carol destaca os desafios da educação antirracista no Brasil, apontando como o racismo estrutural se manifesta nas escolas e universidades e como isso impacta o futuro da juventude negra.

Ela também apresenta dados recentes sobre o mercado de trabalho. Segundo o 3º Relatório de Transparência Salarial e Igualdade, divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego em abril de 2025, as mulheres negras recebem, em média, R$ 2.864,39, o que representa apenas 47,5% da remuneração dos homens brancos. A diferença salarial, que já era significativa, aumenta em relação ao relatório do ano anterior.

Além da desigualdade econômica, Dartora reforça que jovens negros ainda enfrentam sérias barreiras no acesso e na permanência na educação superior, perpetuando um ciclo de exclusão.

Justiça racial

A presença da parlamentar brasileira no evento reforça o papel estratégico do Brasil no debate global sobre justiça racial e direitos humanos. O Fórum Permanente da ONU reúne especialistas, autoridades, parlamentares e representantes da sociedade civil de diversos países para discutir formas de combater o racismo, a discriminação racial e as desigualdades históricas herdadas do colonialismo e da escravidão.

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