Projeto que cria Escolas do Clima avança na Câmara com relatoria de Dartora

Deputada está discursando em plenário. Ela veste uma camisa de manga longa azul marinho. Atrás dela tem parte da bandeira do Brasil

Proposta reconhece iniciativas educacionais baseadas em tecnologias ancestrais e saberes tradicionais como instrumentos de enfrentamento às mudanças climáticas.

Da Assessoria

A Comissão de Educação da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (22), o parecer da deputada Carol Dartora (PT-PR) ao Projeto de Lei nº 2.177/2025, que institui o reconhecimento e a criação das Escolas do Clima.

A proposta, de autoria da deputada Célia Xakriabá (PSOL-MG), busca valorizar práticas pedagógicas e educacionais baseadas em saberes tradicionais e tecnologias ancestrais como ferramentas fundamentais na luta contra as mudanças climáticas e na promoção da sustentabilidade.

O relatório de Carol Dartora acolheu sugestões de parlamentares e ampliou a concepção do texto para garantir o reconhecimento da diversidade de conhecimentos no campo da ciência, tecnologia e inovação. Segundo a relatora, é essencial incorporar à legislação o valor dos saberes transmitidos por gerações de povos originários e comunidades tradicionais.

“Ao reconhecer as tecnologias ancestrais e os saberes tradicionais como parte do patrimônio científico e educativo do país, reafirmamos que há múltiplas formas de produzir conhecimento, e todas elas são fundamentais para a construção de um futuro sustentável”, destacou Carol Dartora.

O parecer define que tecnologias ancestrais são práticas e instrumentos desenvolvidos e transmitidos coletivamente por comunidades tradicionais, com base na observação ecológica local e na experiência empírica, resultando em conservação ambiental e produção sustentável.

Já os saberes tradicionais são sistemas de conhecimento integrados à espiritualidade, à cultura e à relação territorial com a natureza, conforme reconhecido pelo Decreto nº 6.040/2007 e pela Lei nº 13.123/2015.

Conforme o texto, as Escolas do Clima têm entre seus principais objetivos: fortalecer o envolvimento da sociedade com a preservação ambiental; estimular o ensino e a valorização de tecnologias ancestrais e saberes tradicionais; promover a educação ambiental formal e não formal, conforme a Lei nº 9.795/1999; e contribuir para o enfrentamento das mudanças climáticas e mitigação de riscos socioambientais.

Poderão ser reconhecidas como Escolas do Clima as iniciativas pedagógicas e educacionais, formais ou não formais, que atuem de forma significativa em áreas como proteção da biodiversidade, agroecologia, valorização de sementes e cultivos tradicionais, conservação ambiental e mitigação de desastres climáticos.

Para Carol Dartora, o projeto “integra a educação, a ciência e a ancestralidade em um mesmo horizonte de justiça climática e equidade social”. A deputada ressalta que a proposta reforça o papel transformador das escolas e das comunidades na construção de um país sustentável, democrático e antirracista.

Próximos Passos

O Projeto de Lei nº 2.177/2025 segue agora para análise nas Comissões de Meio Ambiente, Finanças e, por fim, na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC).

*Informações*

Joana Dantas

Gabinete da Deputada Federal Carol Dartora

E-mail: joana.dantas@camara.leg.br

Fone: (61) 999430022

Foto:  Arquivo Câmara dos Deputados

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