Além do Julho das Pretas: reflexão e luta pela igualdade étnico-racial

O mês de julho, conhecido como Julho das Pretas, está chegando ao fim, mas seu impacto e significado se perpetuam. Esse período é dedicado à reflexão, celebração e luta pela igualdade étnico-racial e pelos direitos das mulheres negras no Brasil. A deputada federal Carol Dartora (PT-PR) é uma das vozes mais atuantes nessa causa.

“Este mês é crucial para dar visibilidade às questões que afetam as mulheres negras e reafirmar nosso compromisso com a luta por igualdade e justiça. É um momento de celebrar nossas conquistas, mas também de lembrar que ainda há muito a ser feito”, destaca Dartora.

Com o encerramento do mês de julho, é essencial lembrar que a luta pela igualdade étnico-racial e pelos direitos das mulheres negras não se limita a um período específico. O Julho das Pretas é um mês de extrema relevância para a conscientização e mobilização em prol dos direitos das mulheres negras, mas a luta é contínua. Este período reforça a importância de combater o racismo e o sexismo, celebrando a história e a cultura das mulheres negras, ao mesmo tempo em que se reivindica políticas públicas efetivas para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

O Julho das Pretas convida a sociedade a refletir sobre a situação das mulheres negras no Brasil e em toda a América Latina e Caribe. Este mês ressalta a importância de reconhecer e combater o racismo e o sexismo que afetam diariamente a vida dessas mulheres. Estatísticas mostram que as mulheres negras enfrentam maiores desafios em termos de acesso à educação, mercado de trabalho e saúde, além de serem mais vulneráveis à violência.

Contudo, com o encerramento de julho, é fundamental que a sociedade continue refletindo, celebrando e lutando pela igualdade e pelos direitos das mulheres negras, contribuindo para um futuro onde a diversidade e a equidade sejam verdadeiramente valorizadas e respeitadas.

Além do Julho das Pretas: reflexão e luta pela igualdade étnico-racial

Mobilização

O Julho das Pretas também é um momento de mobilização e luta política. Organizações e movimentos sociais aproveitaram o mês para reivindicar políticas públicas que promovam a igualdade étnico-racial, como as cotas no serviço público, e de gênero, exigindo a implementação e o fortalecimento de medidas que combatam a discriminação e a violência contra as mulheres negras. Entre as pautas, destacam-se a necessidade de maior representação política, acesso igualitário à educação e ao mercado de trabalho, e a garantia de direitos fundamentais.

Tereza de Benguela

Instituído em 2013 pelo Odara – Instituto da Mulher Negra, o Julho das Pretas propôs o dia 25 de julho como Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha e Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra.

A data homenageia Tereza de Benguela, uma líder quilombola do século XVIII que comandou o Quilombo do Quariterê, no Mato Grosso, por mais de 20 anos. Sob sua liderança, o quilombo resistiu à escravidão e desenvolveu uma comunidade autossustentável. Tereza de Benguela é símbolo de resistência e coragem para as mulheres negras, representando a luta contra a opressão e a busca por liberdade e igualdade.