A mais recente pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela que em 2020 a população ocupada branca ganhou em média 73,3% mais que a negra e que o rendimento dos homens foi 28,1% maior do que o das mulheres.
Com a pandemia de Covid-19, o nível de ocupação no Brasil foi o menor da série: 51,0%. Entre os jovens com 14 a 29 anos, esse indicador caiu de 49,4% em 2019 para 42,8% em 2020. No mesmo período, a taxa de informalidade da população ocupada do país caiu de 41,4% para 38,8%.
Entre os pretos ou pardos, essa taxa em 2020 era de 44,7%, ante 31,8% da população ocupada branca. Além disso, pretos ou pardos representavam 53,5% da população ocupada, mas 64,5% dos subocupados por insuficiência de horas.
As mulheres representavam, em 2020, 41,7% da população ocupada, mas 52,4% da população subocupada por insuficiência de horas. Pretos ou pardos eram 53,5% dos ocupados, porém 64,5% dos subocupados.
Rendimento mensal médio real do trabalho principal
População branca R$ 3.056
População negra R$ 1.764
Homens R$ 2.608
Mulheres R$ 2.037
Uma em cada três mulheres pretas ou pardas vive em situação de pobreza
As taxas de extrema pobreza e pobreza entre pretos e pardos eram de 7,4% e 31,0%, mais que o dobro das taxas observadas entre os brancos: 3,5% e 15,1%. Mulheres pretas e pardas tinham as maiores incidências de pobreza (31,9%) e extrema pobreza (7,5%).
Por idade, 8,9% das crianças com até 14 anos de idade eram extremamente pobres e 38,6% pobres. Entre os idosos, as taxas eram de 2,5% e 8,8%, respectivamente.
O arranjo domiciliar chefiado por mulheres pretas ou pardas, sem cônjuge e com filhos menores de 14 anos concentrou a maior incidência de pobreza: 17,3% dos moradores desses arranjos tinham rendimento domiciliar per capita inferior a US$ 1,90 e 57,9%, inferior a US$ 5,50.
As informações são da Agência IBGE Notícias.